Tuesday, June 13, 2006

"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. Aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.

E começas a aprender que beijos não são contratos, presentes não são promessas. E não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos a construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás para o resto da vida.

Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida te são tiradas muito depressa, por isso sempre devemos deixar os que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos.
Aprendes que paciência requer muita prática.

Aprendes que quando estás com raiva tens o direito a estar com raiva, mas isso não dá direito a seres cruel. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás, em algum momento, condenado.

Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido: o mundo não pára para que o consertes.

E, finalmente aprendes que o tempo não é algo que volta para trás.

Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E percebes que realmente podes suportar... Que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da Vida! E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar... o medo de tentar!"

(William Shakespeare)